Me pergunto se sairei desta vida com dignidade. Hoje, amanhã ou daqui a cinquenta anos, não é esse o questionamento.
Se terá valido à pena, se terei contribuído em alguma coisa, se terão contribuído comigo, se terá havido alguma diferença, tudo isso me aflige. E não pensem que tenho medo de morrer, de ser esquecida, efêmera, blá, blá, blá... Nada disso.
Podem parecer perguntas vagas, retóricas, "da moda", mas me pegam de quando em vez...
Entra também aqui conceito do que é "dignidade", "à pena", "contribuir", "diferença" dentre tantas outras coisas.
O que me intriga é esta coisa nonsense de acordar para produzir -> para ter dinheiro -> para sobreviver -> para ter energia -> para produzir on and on and on. E no meio tempo... comer, rezar e amar.
Será que filhos dão sentido à vida? Não pode ser tão óbvio/simples/tosco assim! Não pode ser que sentido à vida seja unicamente via prole, tipo: se estou me ocupando de cuidar de, elaborar a existência de outro, aí sim, EXISTO.
Se sim, inférteis deveriam ser exterminados no nascimento ou fadados à depressão. E se sim, ME FERREI!!! Porque não vou, não vou e não vou!
Alguém tem alguma sugestão? Suicídio não vale...