sexta-feira, 1 de outubro de 2010

DIY

Época de eleições. Eu me pergunto: qual o objetivo dessas pessoas quererem se eleger? Resolver os problemas sociais? Pra quê se são os eternos problemas sociais que fazem com que a balbúrdia e a esbórnia do poder se instalem. Pelos salários? O que se gasta em campanha só pode ser resgatado em três encarnações de vida pública.

A gente assiste ao programa eleitoral (a gente vírgula, porque eu não tenho mais estômago para tal insanidade) e ouve as falas, que nem podem ser chamadas de promessas porque promessa a gente cumpre, e fica com aquela intriga na cabeça: se todas as eleições o pessoal promete que vai acabar com isso e promover aquilo, por que sempre repetem a mesma coisa (especialmente porque só se pode repetir a mesma coisa, não podendo repetir coisa diferente)? Alguma coisa está errada (DÃÃÃÃÃÃÃÃ!). Alguém (ou alguéns) não está fazendo o dever de casa.

E aí surge outra pergunta: qual o dever de casa de cada um. Pois é, porque ouvimos os candidatos fazerem compromissos de resolver este e aquele problema, mas o que chove nesses horários gratuitos é candidato de legislativo fazendo promessa referente a atribuições executivas, municipais garantindo que vão resolver questões de cunho estaduais e assim por diante. O fato é que Tiririca está coberto de razão: você sabe o que um deputado estadual faz (além de gambiarras e falcatruas)? Não! Quase ninguém sabe quem pode e deveria fazer o quê e essas pessoas que não sabem têm o poder de colocar essa cambada de safados com a faca e o queijo na mão. É como dar um bisturi em uma sala de cirurgia para um analfabeto cego e querer que o paciente se cure.

A questão é a seguinte: quem realmente quer melhorar alguma coisa não está em palanque querendo títulos, dinheiro ou poder. Tá chafurdando na mer... tentando tirar o cara da miséria absoluta levando para a pobreza sobrevivente (o que já é um up-grade), levar o cidadão do analfabetismo total para o simplesmente funcional, tentando diminuir o vácuo da exclusão social, está arregaçando as mangas, botando a mão na massa, olhando no olho, todos os dias, em pequenas ações cotidianas, de coração. Está vendo o ser humano por trás do nome, endereço e título de eleitor. E sabe quantas pessoas encaixam neste perfil? Eu, como o Tiririca, não sei. Só tento saber onde eu mesma me encaixo e o que estou fazendo ou deixando de fazer de acordo com minha consciência e acho que já está passando de bom. Se forem 1 em 1 milhão, contando que somos no total quase 7 bilhões, serão no final 7 mil. Cabe a nós sermos seres multiplicadores e contaminar o resto dos 6.999.993.000.

E aí, topas?

Obs.: DIY (Do It Yourself = Faça Você Mesmo)

Nenhum comentário:

Postar um comentário