Época de eleições. Eu me pergunto: qual o objetivo dessas pessoas quererem se eleger? Resolver os problemas sociais? Pra quê se são os eternos problemas sociais que fazem com que a balbúrdia e a esbórnia do poder se instalem. Pelos salários? O que se gasta em campanha só pode ser resgatado em três encarnações de vida pública.A gente assiste ao programa eleitoral (a gente vírgula, porque eu não tenho mais estômago para tal insanidade) e ouve as falas, que nem podem ser chamadas de promessas porque promessa a gente cumpre, e fica com aquela intriga na cabeça: se todas as eleições o pessoal promete que vai acabar com isso e promover aquilo, por que sempre repetem a mesma coisa (especialmente porque só se pode repetir a mesma coisa, não podendo repetir coisa diferente)? Alguma coisa está errada (DÃÃÃÃÃÃÃÃ!). Alguém (ou alguéns) não está fazendo o dever de casa.
E aí surge outra pergunta: qual o dever de casa de cada um. Pois é, porque ouvimos os candidatos fazerem compromissos de resolver este e aquele problema, mas o que chove nesses horários gratuitos é candidato de legislativo fazendo promessa referente a atribuições executivas, municipais garantindo que vão resolver questões de cunho estaduais e assim por diante. O fato é que Tiririca está coberto de razão: você sabe o que um deputado estadual faz (além de gambiarras e falcatruas)? Não! Quase ninguém sabe quem pode e deveria fazer o quê e essas pessoas que não sabem têm o poder de colocar essa cambada de safados com a faca e o queijo na mão. É como dar um bisturi em uma sala de cirurgia para um analfabeto cego e querer que o paciente se cure.
A questão é a seguinte: quem realmente quer melhorar alguma coisa não está em palanque querendo títulos, dinheiro ou poder. Tá chafurdando na mer... tentando tirar o cara da miséria absoluta levando para a pobreza sobrevivente (o que já é um up-grade), levar o cidadão do analfabetismo total para o simplesmente funcional, tentando diminuir o vácuo da exclusão social, está arregaçando as mangas, botando a mão na massa, olhando no olho, todos os dias, em pequenas ações cotidianas, de coração. Está vendo o ser humano por trás do nome, endereço e título de eleitor. E sabe quantas pessoas encaixam neste perfil? Eu, como o Tiririca, não sei. Só tento saber onde eu mesma me encaixo e o que estou fazendo ou deixando de fazer de acordo com minha consciência e acho que já está passando de bom. Se forem 1 em 1 milhão, contando que somos no total quase 7 bilhões, serão no final 7 mil. Cabe a nós sermos seres multiplicadores e contaminar o resto dos 6.999.993.000.
E aí, topas?
Obs.: DIY (Do It Yourself = Faça Você Mesmo)
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