segunda-feira, 18 de abril de 2011

Canadá X Realengo

Estive pensando. Como falo mais que a boca e vivo conversando com todos sobre tudo, tempos atrás colhi informações sobre o Canadá e seus costumes. Uma coisa que me chamou a atenção é a questão da não-violência deste país. Aquele papo deles não trancarem as portas das casas (basicamente em cidades não tão grandes) É VERDADE! Fiquei fascinada com este fato, pois violência é uma das 259 milhões de coisas que me tiram o sono.

Mas o que mais me interessou é uma coisa que uma pessoa me falou: a mídia não propaga a violência! Quero dizer, alguém matou alguém, ok. Noticia-se, sim. Só não se faz aquele circo de horas e horas de informações tão irrelevantes quanto entristecedoras, tipo matéria com o primeiro professor de educação física, o cabeleireiro, o veterinário do cachorro do assassino de Realengo.

Aí eu pergunto: as pessoas precisam realmente ser expostas a essa situação com esta intensidade e profundidade? Falar e falar sobre o assunto não aumenta a curiosidade e as possíveis “possibilidades” futuras de mais algum outro doido querer estes preciosos (e malucos) quinze minutos de fama?

Façamos um cálculo: com uma população de 200 milhões de brasileiros:


• Calculemos que 50% desse povão de Deus queiram ficar famosos aparecendo em rede nacional em horário nobre (100 milhões);

• Destes 100 milhões, 10% é louca da cabeça (10 milhões);

• Destes 10 milhões, 1% tem acesso a armas de fogo (100 mil);

• Deste 1%, outro 1% pega e sai atirando por aí matando uma média de 10 pessoas por saída (10.000 pessoas tombando no chão)...

Volto a perguntar: precisamos mesmo ficar “dando ideia” 24 horas por dia, 7 dias por semana??? Ou seria melhor noticiar e, simplesmente, dar IBOPE ZERO pra esse Zé Mané? Não sugiro aqui se esquecer as discussões de políticas públicas, valorização da família e dos valores que mantêm nossa cambaleante sociedade em pé. Só acho que ficar televisionando o horror e a violência com tamanha intensidade só faz com que nós achemos que isso “faz parte”. E está errado!

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