segunda-feira, 30 de maio de 2011

Tipo assim...

Não dá pra entender, realmente. Acompanhe a lógica comigo (ou a falta dela). Se eu quero...

...operar alguém, tenho que ter diploma de medicina COM especialização na área;
... dirigir, tenho que ter carteira de motorista (fazendo aquele cursinho "marromeno", mas fazendo);
... pegar empréstimo no banco, fazer uma análise da minha viabilidade de crédito;
... entrar na universidade, fazer vestibular (e se for faculdade de artes, ainda tem o teste de aptidão);
... entrar na piscina do clube, passar pelo médico pra fazer o exame antifrieira;
... casar, fazer curso de noivos; (o que é isso afinal)?
E por aí vai...

Por que então que pra ser pai e mãe não pedem nenhum currículo, curso de formação, workshop com auxílio audiovisual, MOBRAL, cursinho IUB (esse é velho, lembra dos anúncios nos gibis?) e coisa e tal? Não está faltando critério aí neste quesito, não?
Talvez seja por isso que estamos indo só ladeira abaixo...
Eu, pelo menos, venho de uma geração que ainda teve uma noção mínima dos papéis de cada um nesta relação: pai era pai, mãe era mãe, filho era fiho, avó era avó (e não mãe do filho dos filhos), babás (QUANDO HAVIA!) só limpavam a bunda e não ficavam responsáveis pela educação da criança.
Parece que a cada dia que passa esta noção básica do primeiro e mais importante círculo social humano vai se diluindo e a tendência é só piorar. Como vou representar (mesmo que mais ou menos) meus papéis sociais básicos se nunca fui ensinada, se nunca os vivenciei? Não tem como dar certo...
E talvez também seja por isso que tem jovens batendo na cara dos outros com lâmpadas, matando as namoradinhas, os pais, jogando bebês no lixo, dentre as várias aberrações que temos o desprazer de sermos invadidos em nossas casas através das notícias da TV.
Quer ter filhos? HABILITE-SE!!! Não é justo com o rebento colocá-lo numa fria porque VOCÊ não tem a mínima ideia do que está fazendo. EU optei por "não".

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