segunda-feira, 1 de agosto de 2011

O que teria acontecido se ela tivesse dito "sim, sim,sim"?

Voltando ao tópico Amy Caçacha-Pó-House (se a Globo, a Record, o SBT podem, eu também posso): considero a moça um case de sucesso. Quis se destruir e conseguiu. E olha que são poucas as pessoas que atingem seus objetivos tão cedo na vida (ou na morte, desculpem o trocadilho).
Aí vem os experts tentar explicar o porquê disso, o porquê daquilo. Gente, é fácil, simples e descomplicado: a moça era sensível, deprimida, solitária, aconteceram umas coisinhas na vida dela que ela não deu conta do recado (coisas essas que acontecem todos os dias com as outras 6.999.999 de pessoas nesse mundão véi de Deus), se meteu de gostosa com as drogas subestimando o poder das bolinhas e pronto! Se ferrou, ou melhor, conseguiu se livrar de si mesma (e dos outros).

A garota era boa? Super. Um timbre de voz pulsante e próprio, um estilo de música ousado e inovador com um beat contagiante (Fantástico, ela não era cantora POP, viu? Era blues, soul e jazz, tá?), uma coragem de falar o que tem vontade de ser falado. Mas... o mundo vai acabar com a morte dela? Não! A boa música deixará de existir? Não! Foi a primeira, será a última artista a morrer deste jeito? Não! Servirá de exemplo pra quem tá fumando crack? Não! Os caras não lembram nem o próprio nome, vão entender o que se passou com quem nem conhecem???

O divertido disso tudo é o tradicional, óbvio e oportunista circo armado pela mídia e pelas pessoas. Já não há CDs da mocinha para comprar no mercado (quem ainda compra CD?). Talvez o mercado de flores londrino esteja superaquecido também. O preço do pó provavelmente deve estar nas alturas. Tomar uma cervejinha básica no pub que ela freqüentava (e olha que ela freqüentava!!!) deve estar super-hiper-inflacionado. E por aí vai...

Agora pergunto a vocês, pessoas lidas e informadas: que lição nós, pessoas que pensam, realmente tiramos disso tudo?


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