segunda-feira, 19 de abril de 2010

Se eu morresse amanhã

Oi, pessoal (insisto em cumprimentar deste jeito na auto-ilusão de que é um monte de gente, ok?). Beleza com vocês? Já celebraram o dia de nossos ancestrais puros e inocentes?
Bem, filosofando sobre o nada em meio a lugar nenhum, escavei um tópico que talvez possa gerar uma boa discussão: morrer. Sei que já escrevi sobre isso, mas nem li de novo meu texto para não receber influências ou ficar tutoriando o que já falei e o que ainda não falei. Quero elaborar meus textos, minhas ideias sem acento como elas vêm, livres, leves e soltas. Mas dessa vez o foco não é a morte em si, mas sim o que levarei comigo para o não-sei-onde.

A questão é a seguinte: não tenho certeza do que acontece depois que a gente morre. Se vai pro céu, se ressuscita, se reencarna, se vira só pó mesmo, cada um tem a sua opinião. E não faz diferença. Como não sabemos com certeza provada e plena, o que devemos nos preocupar é com o que fazemos enquanto vivos. Tipo, monte o melhor currículo possível, pois chegando lá, sabe-se onde, tente ficar entre os 10 mais, pelo menos.

Esse negócio de acreditar nisso ou naquilo é complicado. Tudo pode ser tanto quanto pode não ser. Eu acho engraçado é a convicção com que as pessoas afirmam que é assim e pronto (e claro que o mais “certo e sensato” é o que ele acredita) e como o que o outro acredita não tem valor algum. Quando eu falo que não acredito em nada especificamente, mas também não duvido de coisa alguma vem sempre aquela perguntinha com o risinho cínico na cara: então é o que? E o que eu respondo??? Não sei! Não sei e pronto, ué. Por que eu teria que saber? Por que eu poderia saber? E se soubesse... POR QUE CONTARIA PRA ALGUÉM???

Cada um acredite no que quiser, vá para onde quiser encontrar com quem quiser. Ser quiser virar purpurina, be my guest. Eu, se tivesse que acreditar em alguma coisa, acreditaria que o que acontece com o de cujus é exatamente o que o mesmo acreditava em vida. Cada qual com sua teoria. Eu, da minha parte, acho que nós somos energia condensada simplesmente. Que somos um composé de substâncias químicas diversas, cada ser combinado de um jeito com a devida proporção, estado e forma. Portanto, quando essa energia (que tem gente que chama de espírito) cessa, a matéria volta a se transformar no planeta, virando adubo, líquidos e gás retornando a seu ciclo natural de reciclagem.

Simples assim. Portanto o que importa é o que se faz hoje, o que se deseja, a energia que se produz e acumula em vida. Depois da morte, meu irmão, é depois..

Um comentário:

  1. Continuo leitor assíduo! Na verdade eu sempre abro o blog, pensando:"O que será que a Valéria colocou hoje? Qual será a rusga?" hahahaha...
    Texto muito bom.
    Abraço!

    ResponderExcluir