segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Amor e ciúme

Poucas coisas sei nesta vida, mas me parece que as que sei as sei com precisão e através da experimentação. Mamãe dizia que aprendemos pelo amor ou pela dor. Sei que aprender pelo amor é bem mais agradável, mas pela dor, bem mais rápido e marcante. Se pudesse optar, aprenderia sempre pelo amor, mas a vida real não é bem assim.
Uma das poucas coisas que sei na vida é sobre o amor e o ciúme.
Primeiramente, o amor. Já escrevi aqui em posts passados que nós, seres humanos padrão não conhecemos o amor verdadeiro tão professado nas canções e poemas. Aquilo é um conto de fadas que só faz nos frustrar por não atingirmos o Nirvana com e/ou através de nosso objeto de desejo, vulgarmente conhecido como “grande amor”. Mas mesmo que não seja este tão grande amor, talvez somente paixão ou desejo, tem o seu valor enquanto é saudável para ambas as partes. É bom, confortante, legal ter alguém “pra chamar de seu”, mas às vezes tem o seu dark side. Faz parte do processo. Somos seres cíclicos e oscilantes por natureza, isso eventualmente vai acontecer. Altos e baixos.
Agora, outra coisa muito interessante que absorvi ao longo dos anos é a definição clássica e óbvia de ciúme. Ciúme nada mais é que a manifestação burra de suas inseguranças pessoais projetadas em seu objeto de desejo, vulgo “grande amor”. Mas como já disse, isso é óbvio. O que me ocorreu posteriormente é que parece que quanto maior o “amor”, maior o “ciúme”, maior a insegurança e o medo de perder seu objeto de desejo.
Aí fica a pergunta: o que é melhor, amar mais e sofrer as ingratidões do ciúme ou amar menos e deixar o ciúme repousar obsoleto e esquecido?Talvez a resposta seja buscar uma boa terapia e entender que nossos amados amantes não são objetos de nada, sobretudo posse. Dessa maneira a perspectiva de todos serem mais felizes parece mais próxima e real.

Love and jalousy
Few are the things I know in this life, but it seems that the ones I do, I do precisely and through experience. My mom used to say that we learn either through love or pain. I know that learning through love is much more pleasant, but learning through pain is much faster and remarkable. If I could choose, I would always choose love, but life is not exactly like that.
One of the things I do know in this life is about love and jealousy.
Firstly, about Love. I have already written in previous posts that we, average human beings, do not know the so-called true love usually professed in songs and poems. That is a fairy tale which only makes us frustrated once we cannot achieve the Nirvana with and/or through our object of desire, vulgarly known as our “true love”. But even if it is not this great true love, maybe only passion or desire, it has its value as long as it is healthy for both parts. It is good, comforting, cool having “someone special”, but (sometimes) there is also its dark side. It is part of the process. We are cyclical and oscillating beings by nature, this will eventually happen. Ups and downs.
Now, one interesting thing I absorbed as time went by is the classic and obvious definition of jealousy. Jealousy is nothing but the dumb expression of our personal insecurities projected in our object of desire, that “true love”. But as I said, this is obvious. What occurred to me later is that it seems that the more you “love” the greater “jealousy” is, the greater insecurity is and fear of losing our object of desire.
Then pops the question: which is better, loving more and suffer the ingratitude of jealousy or loving less and rest jealousy obsolete and forgotten?
Maybe the answer is looking for a nice therapy and understanding that our lovers are object of nothing and certainly not possession. This way the perspective of everybody being happier seems closer and more real…

Nenhum comentário:

Postar um comentário