segunda-feira, 12 de março de 2012

No dos outros é legal

Vamos falar de terror. Melhor, vamos falar de terrorismo. Quando ouvimos a palavra "terrorismo", automaticamente nos remetemos aos mulçumanos ou vice-versa. Desde que o mundo é mundo (para mim) ouço que mulçumanos são terroristas. Da mesma forma outras culturas ouvem que brasileiros são carnavalescos e desonestos. Sim, alguns são. Nos dois casos. Mas será que isso implica que são todos?

Este raciocínio me remete também ao nazismo. Não sou expert no assunto, por isso vou exprimir aqui somente o que aprendi mal e porcamente no ensino médio de escola particular: nazistas são assassinos. Ok. Alguns foram, e outros ainda são. Pra mim, acima de tudo são ignorantes. Mas como julgar um jovem que ouviu durante anos (de preferência desde que começaram a andar) que a culpa da pobreza e dificuldades sérias pelas quais passavam naquela época era de judeus e por isso saíram desloucados matando os circuncidados por aí? Estavam certos? Claro que não! Estavam errados? Sim, mas por terem sido condicionados erroneamente.

Aí me pergunto: desde quando o Irã se transformou no inimigo número UM do mundo? Desde que disse NÃO aos EUA em relação ao seu hábito de interferir nos governos e políticas internacionais em benefício único e exclusivo próprio e saquear as riquezas alheias? Hum... Tenho muito mais medo da Coreia do Norte, caladinha e silenciosa, a qual acho muito mais kamicaze que todas as nações do Islã juntas. O Irã é o perigo atômico mundial? Por que? Porque está sujando as fraldas quanto às movimentações estadounidenses ao seu redor há décadas (vide Iraque, por exemplo) e se prevenindo contra o pior? Sua forma de política social é opressora? Um bom tanto É! Mas e a Arábia Saudita, onde mulher não pode dirigir, trabalhar, votar e cortam-se as mãos dos larápios (isso NÃO acontece no Irã)? Ah, mas os sauditas derramam petróleo nas mãos dos EUA. Entendi. E os países da África que são, não na maioria, governados por fascínoras assassinos e torturadores? Ah, eles não tem petróleo, mas somente AIDS, alta mortalidade infantil e fome para compartilhar.

Mencionei isso tudo, gente, pelo fato de um soldado estadounidense ter disparado a esmo contra civis afegãos, matando 16, dentre elas a maioria crianças e mulheres. Ah, tinha me esquecido: este é um hábito que eles aprendem e praticam desde cedo dentro das suas ESCOLAS mesmo...

Pergunto: quem são eles pra falar alguma coisa sobre radicalismo, loucura, violência ou TERRORISMO???

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