segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Aquele abraço!

Ok. Não sou padrão. Nunca fui, nunca quis ser. Mas acho que tem algumas coisas que eu e o mundo normal temos em comum. Gostamos de abraço. Mas aí entra a parte em que somos diferentes: eu SELECIONO meus abraços.
Acho abraço uma coisa tão profunda, íntima e pessoal que não saio por aí abraçando qualquer um, a qualquer hora, por qualquer motivo. Não sei as outras pessoas (porque até hoje consegui ser só eu mesma), mas a troca de energias durante um abraço, para mim, é muito intensa. Também não sei se as outras pessoas sentem a mesma coisa que eu, mas quando eu abraço alguém são micro-segundos de entrega sincera.
Falo isso e posso PROVAR.
Feche os olhos e tente se recordar da sua sensação quando abraçou sua vó apertado em uma noite de natal desejando-lhe tudo de bom. Tente lembrar do abraço realmente reconfortante que recebeu de seu/sua melhor amigo/a quando alguém de sua família morreu. Da alegria transmitida pelos folículos da pele de seus pais quando te abraçaram comemorando sua aprovação no vestibular.
Da mesma forma, sem nem mesmo precisar fechar os olhos, lembre-se da agonia que foi receber aquele abraço falso daquela menina mais falsa ainda de seu departamento ou faculdade no dia do seu aniversário. Chega o esqueleto chia como se fosse um dia frio. Ou de algum parente próximo, mas que você sabe que não gosta de você (não é porque é parente que tem que gostar) que te abraça durante aquele churrasquinho básico comemorando sua promoção. Pra filar uma bóia o safado apareceu, mas ficar realmente feliz por você, aí já é outra estória. E vem e te abraça achando que está te convencendo.
Então é isso, galera. Abraçar eu abraço, mas não é qualquer um. Se já te abracei algum dia, bom. Se não (ou ainda não)... E sugiro vocês selecionarem com carinho as pessoas e os momentos em que vocês trocam essa energia fantástica que é o abraço. E que, quando abraçarem, o façam com sinceridade e real emoção. A vida merece bons abraços.

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